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DILSON FLORÊNCIO

O Patrono do Saxofone Erudito no Brasil - 50 anos de história

Pernambucano de nascença, mas brasiliense de coração, Dilson Florêncio deu os seus primeiros passos na música, com o saxofone, em Brasília na década de 70. Já na infância, se destacava com o seu talento e amor ao saxofone. Na adolescência já era conhecido nacionalmente por seu virtuosismo e pelos prêmios obtidos em concursos e competições musicais.

 

No final da década de 70 foi incentivado pelo professor Gonzaguinha a ingressar no curso de música do Departamento de Música da UnB para aprofundar seus conhecimentos musicais. Mas aparentemente Dilson tinha um grande problema: como ele iria estudar na UnB se ainda não existia o curso de bacharelado em saxofone? Foi aí que ele quebrou a sua primeira grande barreira e contra todas as regras, ingressou no curso de clarineta tocando saxofone. Os membros da banca da prova prática do vestibular ficaram impressionados com a prova do Dilson, e não tiveram outra alternativa a não ser aprova-lo no vestibular.

 

Após 4 anos de estudos intensos na UnB, com o professor Gonzaguinha, Dilson não poderia sair da UnB com um diploma de bacharelado em clarineta. Com muita batalha burocrática, a segunda grande barreira na vida de Dilson foi quebrada, e no ano de 1983 foi expedido o primeiro diploma universitário de saxofone na América do Sul à DILSON AFONSO FERREIRA FLORÊNCIO, pela UnB.

 

A icônica trajetória de Dilson não parou por aqui. A próxima barreira quebrada por ele foi a quase 9 mil quilômetros de Brasília – em Paris (França). Movido pelo amor ao saxofone, e sabendo que a França era o “berço” mundial do instrumento, Dilson tinha o sonho de estudar na maior e mais reputada instituição superior de ensino musical do mundo, o famoso Conservatório Superior de Paris, por onde grandes nomes da história da música passaram.

 

Ele foi o primeiro e único sul americano a estudar na classe de saxofone desta instituição. Foi discípulo do grande mestre DANIEL DEFFAYET. Após longos anos de imersão musical na Europa, Dilson desembarca em Brasília novamente para começar a difundir seus conhecimentos adquiridos com a Escola Francesa de Saxofone. Lecionou por alguns anos na Escola de Música de Brasília, em festivais pelo país e no início da década de 90 foi aprovado por concurso público ao cargo de professor universitário, na cátedra de saxofone, na UFMG.

 

Dilson formou várias gerações de saxofonistas nesta universidade e foi responsável por ajudar a criar vários outros cursos de saxofone em universidades pelo Brasíl. Foi responsável pela valorização e pela difusão do repertório brasileiro escrito originalmente para saxofone, tendo incentivado diversos compositores brasileiros a escreverem para saxofone. Viajou por diversos países lecionando em festivais e tocando. Atualmente, Dilson Florêncio leciona na UFPB, no IECG/FCG (Belém-PA) e em diversos festivais pelo Brasil e pelo mundo.

 

A terceira edição do ESAX BRASÍLIA homenageará, portanto, essa grande e importante personalidade brasileira do saxofone por todo seu pioneirismo, amor ao saxofone e por todo trabalho realizado no Brasil e no mundo em prol do saxofone brasileiro.

 

Viva o saxofone brasileiro! Viva Dilson Florêncio!

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